Animais Fantásticos

Até a análise de DNA, animal era confundido com chacais

Uma pesquisa liderada pela Universidade de Oxford descobriu uma nova espécie de lobo na África. O achado indica que os maiores canídeos chegaram à África cerca de três milhões de anos atrás, antes de se espalharem pelo Hemisfério Norte. A nova espécie é parente do lobo da Índia e do Himalaia e vinha sendo confundida com o chacal dourado. O estudo foi publicado no periódico PLoS One.
Universidade de Oxford
Espécie de lobo avistada no nordeste da África
Os cientistas coletaram uma amostra de DNA do animal e perceberam que não havia registros semelhantes no banco genético mundial. “Mal conseguimos acreditar quando isso aconteceu”, disse Eli Rueness da Universidade de Oslo (Noruega), um dos autores do estudo. A equipe encontrou exemplares da espécie no Egito e na Etiópia e acredita que ainda possa achá-los em outros lugares.
De acordo com David Macdonald, também um dos autores da pesquisa, “encontrar um lobo na África é uma notícia importante para a conservação da biodiversidade”. Para Claudio Sillero, da Universidade de Oxford, “a descoberta contribui para o entendimento da biogeografia da fauna africana, que tem ancestrais na Europa e Ásia”.
Os chacais dourados não estão em perigo de extinção, mas o novo lobo pode estar quase desaparecendo. A equipe de pesquisadores acredita ser prioridade descobrir mais detalhes sobre a espécie e mapear a localização dos indivíduos.
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Crânio é considerado uma raridade porque ilustra o início da domesticação do cachorro, antes da Era do Gelo. A seta indica a parte retirada pela equipe para análise de datação por carbono
Imagem: Crânio é considerado uma raridade porque ilustra o início da domesticação do cachorro, antes da Era do Gelo. A seta indica a parte retirada pela equipe para análise de datação por carbono (Divulgação/ Ovodov ND- Russian Academy of Sciences, Institute of Archaeology and Ethnography, Novosibirsk, Russia)
A amizade entre homens e cães pode ter começado há mais tempo do que se pensava: cientistas encontraram o crânio de um cão domesticado 33.000 anos atrás nas montanhas Altai, na Sibéria. O fóssil, relativo a um espécime que viveu antes da Era do Gelo, ocorrida há 20.000 mil anos, apresenta algumas das características de cães modernos. Um artigo sobre a descoberta foi publicado no periódico científico especializado PLoS ONE.
Segundo o artigo, o focinho tem tamanho similar ao de cães que habitavam a Groenlândia há 1.000 anos, e seus dentes se assemelham aos de lobos selvagens europeus que viveram 31.000 anos atrás. Isso indicaria um estágio muito preliminar de domesticação – e está longe de determinar se, naquele período, a lealdade do homem era recíproca.
Acredita-se que a domesticação do cachorro, o primeiro animal a conviver com humanos, foi um processo muito lento. A teoria mais aceita afirma que a aproximação se intensificou há cerca de 11.000 anos, junto com a agricultura. A partir daí as sociedades humanas passaram a ter excedentes de alimentos, atraindo alguns lobos mais mansos e menores. O homem oferecia comida, e o animal retribuía dando proteção contra predadores. Os mais dóceis foram ‘adotados’ pelos humanos que, por meio de seleção artificial, passaram a criar filhotes cada vez mais domesticáveis, até o ponto de se comportarem como os cachorros de hoje.
As raças caninas, contudo, são bem mais recentes. Estima-se que a mais antiga, com alguns milhares de anos de idade, seja o husky siberiano. A raça akita, do Japão, tem cerca de mil anos. Raças como o pastor alemão tem cerca de 300 anos e são frutos de seleção organizada por criadores especializados.

Fonte: http://schipperke.com.br/psicologiacanina/
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