Toda vez que dois organismos de diferentes espécies vivem em contato físico próximo para o benefício de ambos, isso é simbiose. A simbiose pode ocorrer entre animais, plantas, fungos ou qualquer combinação entre eles. Cada organismo contribui ativamente com algo que beneficia a sobrevivência do outro e, de volta, recebe algo em benefício próprio.
Alguns simbiontes são tão intimamente ligados que é difícil dizer onde um organismo termina e onde o outro começa. E no caso de simbiontes planta/animal, pode ser difícil dizer se os organismos são plantas, animais, ou um pouco de cada.
A maioria dos simbiontes não têm idéia de que está ajudando a outra criatura. Eles estão somente sobrevivendo da melhor forma que podem, um comportamento instintivo dirigido pela seleção natural (em inglês).

Joe Stancampiano/National Geographic/Getty Images
O peixe palhaço e as anêmonas marinhas têm uma relação mutuamente benéfica
Provavelmente você ainda não percebeu que você é um simbionte, que a vida na Terra provavelmente não existiria sem a simbiose, que a simbiose pode ter sido responsável pela evolução da vida multicelular ou que alguns cientistas pensam que o planeta inteiro é um organismo simbiótico gigante. Às vezes a simbiose é bastante esquisita. Exploraremos essa esquisitice (e talvez descobriremos que afinal não é tão esquisita assim) neste artigo.
Um dos mais estranhos casos de simbiose é o do platelminto acoel, Convoluta roscoffensis. Esses minúsculos vermes vivem junto ao contorno da costa e parecem massas de algas marinhas. Os vermes em si são transparentes, mas dentro deles vivem as algas Platymonas, que contêm clorofila e estão aptas à fotossíntese. Elas dão aos vermes a cor verde. As algas absorvem a luz do sol através da pele clara dos vermes e fotossintetizam alimento - alimento suficiente para os vermes, que não têm trato digestivo e nem boca funcionais. As algas reciclam até mesmo os produtos residuais dos vermes e seguem através de todos os ciclos da vida dentro dos corpos dos vermes.